Classificando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como “insano”, o senador Jaques Wagner (PT) vem colhendo assinaturas para uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que possibilite o afastamento do chefe do Executivo. “Ele é incompatível com a necessidade do cargo de ter estabilidade emocional”, o petista afirmou em entrevista, nesta terça-feira (23).

A PEC em questão encontra inspiração na Constituição dos Estados Unidos, país “com uma tradição democrática consolidada”, na opinião de Wagner. A 25ª Emenda dos EUA determina que o vice-presidente pode se tornar presidente interino, caso seja comprovada a incapacidade física ou mental do líder do governo.

Na opinião do senador, a atuação de Bolsonaro diante da pandemia da Covid-19 seria o bastante para seu afastamento. “Eu acho que ele é réu confesso nesse aspecto, por todas as declarações que ele tem dado. Isso já é constatado no mundo inteiro, a ponto das pessoas estarem dizendo ‘nós precisamos salvar o Brasil, do ponto de vista sanitário, e deixarmos o presidente pra lá’. Ele é visto lá de fora como um lixo e aqui dentro é um desgovernado”, Jaques Wagner declarou em entrevista à A Tarde FM.

O processo de colher as assinaturas começou na segunda-feira (22) e o político aguarda para ver se haverá adesão por parte dos colegas. A deputada federal Joice Hasselmann (PSL), que já fez parte da base do governo de Jair, vem buscando apoio para proposta semelhante à de Wagner, algo que ele vê como uma coincidência.

“A motivação dela eu desconheço. A minha motivação é ter mais uma ferramenta da sociedade brasileira e do Congresso Nacional para você superar crises como a que nós estamos vivendo agora”, concluiu.

Caso a PEC fosse aprovada e houvesse comprovação da suposta incapacidade de Jair Bolsonaro, Hamilton Mourão poderia assumir o cargo de presidente, sendo este um general da reserva do Exército Brasileiro, filiado ao PRTB.

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