As autoridades italianas divulgaram, na manhã desta quarta-feira, 15, um novo balanço de vítimas do desabamento da ponte Morandi em Gênova, no noroeste da Itália. Até o momento, são 39 mortos, incluindo três crianças e três jovens franceses. Dos 16 feridos, 12 estão em estado grave e várias pessoas estão desaparecidas.
Segundo a RFI, equipes de resgate trabalharam toda a madrugada em busca de sobreviventes, mas as chances são pequenas. O acesso de bombeiros e socorristas é dificultado pelos pesados blocos de concreto empilhados sobre carros e caminhões.
Conforme a publicação, entre os mortos, há três jovens franceses, indicou o ministério da Relações Exteriores da França nesta quarta-feira. Nathan Gusman, de 20 anos, Melissa Artus, de 22 anos, et Nemati Alizè Plaze, de 20 anos, viajaram de Montpellier, no sul da França, para Gênova, de onde iriam para a ilha italiana da Sardenha. Segundo o jornal Nice Matin, eles foram identificados graças a um brinco e a uma pulseira.
A polêmica é grande sobre falhas na concepção do viaduto Morandi e as obras de manutenção. Concebida nos anos 60, a ponte foi construída com concreto armado, um material que se degrada com o tempo mais do que o aço e tem um custo maior de manutenção. O local registrava um tráfego intenso, 25 milhões de veículos por ano, nessa que é uma região industrial vital para a economia da Itália.
Nos últimos anos, engenheiros vinham apontando vários problemas na infraestrutura da ponte Morandi. Segundo a imprensa italiana, o grupo Atlantia, gestor do viaduto e também presente no Brasil, estava ciente da necessidade de novas obras, mas teria adiado os trabalhos para o segundo semestre, depois das férias de verão.
Em 5 anos, 10 pontes desabaram na Itália. O ministro italiano dos Transportes, Danilo Toninelli, anunciou uma auditoria nacional em todos os viadutos e túneis antigos da Itália.