O novo relator no Conselho de Ética do caso do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deputado Marcos Rogério (PDT-RO), afirmou nesta quinta-feira, 10,  que vai apresentar o seu parecer preliminar sobre a continuação do processo na próxima terça-feira, 15, e que não agirá nem com “açodamento nem procrastinação”. Ele já havia dito que defende o prosseguimento das investigações.

O parlamentar foi escolhido pelo presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), a partir de uma lista tríplice sorteada na tarde de ontem, após a substituição do então relator do processo, Fausto Pinato (PRB-SP).

“Não atuarei com açodamento nem procrastinação. Vou zelar pela probidade do processo”, disse Marcos Rogério após ser anunciado oficialmente durante a sessão desta quinta.

Sobre o seu posicionamento a respeito do processo de Cunha, justificou que todos no conselho já haviam de alguma maneira manifestada as suas posições.

“Formalmente, assumo a relatoria neste momento e já disse nesse conselho e reitero: essa é uma situação atípica porque noutra situação eu não declinaria qual seria a minha opinião, mas aqui qualquer um que fosse sorteado penso que o voto e a posição já eram conhecidas portanto não há surpresa”, declarou.

A decisão de trocar o relator foi tomada pelo vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA).

Ele atendeu a uma questão de ordem apresentada pelo deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), aliado de Cunha, sob o argumento de que Pinato integra partido que fazia parte do bloco partidário também composto pelo PMDB.

Pelas regras do regimento interno, o relator não pode ser do mesmo partido ou bloco do representado. O PRB integrou um bloco que elegeu Cunha presidente da Câmara no início do ano, mas saiu em seguida e hoje não faz mais parte dele.

A destituição foi classificada por Araújo de “golpe”. Ele, porém, decidiu acatar a decisão e resolveu fazer novo sorteio para compor uma lista tríplice e, a partir daí, escolher novo relator, mas prometeu recorrer da decisão.

Com informações da Agência Brasil