Os cuidados ao utilizar o celular devem ser redobrados. É que o número de crimes realizados através do aparelho crescem a cada dia. De acordo com  o delegado especializado em repressão aos crimes por meio eletrônico, Charles Leão, as pessoas podem utilizar a internet como medida protetiva. 

“Interessante sempre é a gente utilizar aparelhos celulares para acessar a internet. Lá tem um dificultador. A gente não consegue enxergar o link. Então, isso pode levar algumas pessoas a erros. Mas, o mais importante, se os criminosos utilizam a internet para obterem informações sobre a vítima, a vítima também procure na internet informações, por exemplo, que ele procure saber se aquela informação, aquela proposta, está partindo realmente da pessoa que acha que é. Vamos usar a internet a nosso favor”, alertou o delegado em entrevista à TV Bahia.

Outro exemplo de “segurança” mencionado pelo delegado está na habilitação de duplo fator fornecida pelo aplicativo WhatsApp.

“Quando você instala o WhatsApp ou então você transfere de um número para o outro, você não recebe uns numerozinhos? Pronto. É uma engenharia social. É importante habilitar o duplo fator de segurança nas configurações do whatsapp”, completou o delegado.

A maioria dos crimes por meio do telefone acontecem justamente pelo WhatsApp. De acordo com algumas vítimas que já caíram no golpe, os criminosos têm o objetivo de clonar o perfil da pessoa para então pedir dinheiro aos contatos disponibilizados na lista pessoal.

As redes sociais são um caminho para que se chegue ao objetivo final: a clonagem do aplicativo de mensagens instantâneas. Em entrevista à emissora baiana, o cantor soteropolitano Yan Cloud relatou como caiu na armadilha.

O músico revelou que antes da clonagem do WhatsApp, um perfil falso de uma artista famosa mandou uma mensagem para ele no Instagram e, na sequência, realizaram uma ligação. Foi nesse momento que o crime aconteceu de fato.

“Eu vou te mandar um SMS e você vai usar como código para ter acesso ao convite que você vai apresentar na entrada, no dia do evento. Eu olhei a notificação no celular. Estava só o código sem remetente. Ai eu falei: o código é tal. Na hora que eu falei, ele me deslogou do meu WhatsApp”, contou Yan.

Yan foi avisado por um amigo do golpe, mas mesmo assim dois amigos dele acabaram depositando dinheiro aos criminosos. “Meu amigo chegou no meu Instagram e falou: ‘Hackearam seu whatsapp’ e mandou um print para mim. Comecei a ligar para as pessoas que eu sabia que poderiam ter dinheiro para emprestar essa quantidade grande. Nesse processo todo, dois amigos depositaram dinheiro. Um depositou R$ 1.500 e outro R$ 200”, acrescentou.

O músico baiano disse também que registrou o caso na polícia, mas não acredita conseguir o valor furtado de volta.

“Uma quantia alta e os amigos vão ficar no prejuízo. A gente não conseguiu resolver ainda e não acredito que resolva. O sistema é muito lento para isso. Não acredito que vai resolver”, pontuou Yan.

Ainda de acordo com o delegado Charles, é necessário que a gente fique de olho, e investigue as informações que chegam nos celulares.

 

 

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