O número de homicídios em Salvador e região metropolitana aumentou 57% de sexta-feira (18) até domingo (20). Nesse período, 44 pessoas foram assassinadas e outras 60 foram mortas durante a greve da Polícia Militar que durou de terça-feira (15) a quinta-feira (17). Em quase uma semana, 104 pessoas morreram assassinadas na capital e região.

Dos 44 homicídios, 23 ocorreram em Salvador. A localidade de Vera Cruz no bairro do IAPI apresentou quatro assassinatos, o maior número da capital. Já na região metropolitana, foram registrados 21 homicídios. Os crimes aconteceram em Candeias, Camaçari, Lauro de Freitas, Mata de São João, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Dias D’Ávila.

Por conta desse aumento, o Secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, anunciou a criação de uma força tarefa para esclarecer os crimes cometidos.

“Nós já temos o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, nós estamos chamando outros delegados que não fazem parte desse departamento para termos um grupo fortalecido pelos próximos 60, 90 dias. Nós temos como prioridade agora a investigação desses homicídios que aconteceram na greve de 2014”, explica.


No Instituto Médico Legal (IML), famílias das vítimas tiveram que esperar pela liberação dos corpos. O corpo de um homem morto a tiros na sexta-feira (18), em Dias D’Ávila, só foi liberado na manhã desta segunda (21). “Um sofrimento para a família. É uma falta de respeito com o ser humano”, disse Clara de Jesus, a tia da vítima.


Na cidade de Feira de Santana, a 100 Km de Salvador, no período da greve foram registrados 46 homicídios e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade teve problemas para colocar os corpos das pessoas que foram assassinadas. Os corpos só foram liberados no final da noite de quinta-feira (17), último dia da greve. (G1)