O número de leitos financiados pelo Ministério da Saúde para pacientes com quadros de Covid-19 potencialmente graves caiu em 71% de julho de 2020 até o início de março de 2021, segundo dados do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).

Os dados em questão são fruto de monitoramento de portarias publicadas no Diário Oficial da União. De acordo com eles, houve uma queda considerável no investimento nesse sentido, resultando em menos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 financiados pelo governo federal.

Na primeira onda de disseminação do vírus, constavam 11.565 leitos financiados/habilitados pelo ministério, agora são apenas 3.372. De acordo com levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 19 das 27 unidades federativas tinham UTIs com ocupação acima de 80% no dia 1º de março, representando um cenário de pré-colapso da saúde pública.

O motivo da diminuição de investimento é o término da vigência do decreto de calamidade, em 31 de dezembro. Este permitia a transferência de recursos extra-orçamentários.

Especificamente na Bahia, 87% dos leitos de UTI adulto para pessoas com Covid-19 já estão ocupados, tratando 1.026 pacientes.

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