Depois de causar aglomerações no Ceará, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em visita às obras de duplicação da BR-222, em Caucaia, que os governadores que adotarem medidas de restrição mais rígidas deverão bancar as novas etapas do auxílio emergencial. O político o disse na sexta-feira (26), acompanhado no palanque por ao menos 21 pessoas. Em sua maioria, estavam sem máscara.

“O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e daqui para frente o governador que fechar seu Estado, o governador que destrói emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial. Não pode continuar fazendo política e jogar para o colo do presidente da República essa responsabilidade”, ele disse, num momento em que dirigentes estaduais e municipais adotam medidas de isolamento mais rígidas, devido ao crescimento do número de casos graves da Covid-19.

O auxílio poderá ser retomado em março, sendo pago por quatro meses, segundo informado por Jair em transmissão ao vivo, nas redes sociais. Um número reduzido de beneficiários deverá receber o valor de R$ 250.

O pior momento da pandemia

Sete capitais brasileiras já têm lotação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) igual ou superior a 90%. Estas são Porto Velho, Florianópolis, Manaus, Fortaleza, Goiânia, Teresina e Curitiba. Em situação pouco menos grave, Salvador atingiu 82,5, segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A Bahia já tem 83% das vagas ocupadas por pacientes em estado grave e , na sexta-feira (26), foi registrado um recorde de mortes pela Covid-19 no estado. 137 óbitos constaram no boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). O governo decretou dois dias de restrição total, na tentativa de reduzir aglomerações e, consequentemente, a propagação da doença.

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