O ex-jogador da seleção brasileira Edílson da Silva Ferreira, um dos investigados pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento em fraudes no pagamento de prêmios de loterias da Caixa Econômica Federal, negou participação no esquema. Edilson conversou com o G1 na casa onde mora, em Salvador, na noite de quinta-feira (10), e disse estar tranquilo diante das acusações. Ele afirmou que vai se apresentar à polícia nesta sexta-feira (11).

Agentes da PF estiveram na residência do ex-jogador para cumprir mandado de busca e apreensão, e apreenderam discos rígidos e computadores. Um carro dele também foi levado. Edilson é suspeito de aliciar gerentes da Caixa a participar do esquema que desviou ao menos R$ 60 milhões de valores de bilhetes premiados não sacados pelos ganhadores. O dinheiro deveria ser destinados ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). No ano passado, os premiados na loteria deixaram de resgatar R$ 270,5 milhões.

O advogado de Edilson, Thiago Phileto, afirmou que o ex-jogador não tem ligação com o esquema de fraudes, e que o Ministério Público Federal (MPF) chegou a pedir a prisão do ex-atleta, mas a Justiça Federal negou. Segundo ele, o nome de Edilson foi incluído na lista de suspeitos por outro investigado, de prenome Eduardo, um dos três presos pela Polícia Federal na Bahia na quinta – que teria dito ser primo do ex-jogador. “O nome dele foi ventilado de maneira leviana. A gente tem certeza de que quando as investigações forem aprofundadas, o nome dele será retirado [da lista de suspeitos]”, afirmou.

Edilson acredia que possa ter tido o nome envolvido no esquema de fraude por conta de alguma conversa que teve com Eduardo por telefone no passado. “Hoje em dia telefone, escuta telefônica é muito fácil, né? Então, deve ter sido. Como a pessoa teve uma ligação comigo durante muito tempo, pode ter me ligado para fazer alguma coisa, para falar alguma coisa e estão associando meu nome a uma pessoa que eu não tenho nada a ver.