A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) subseção Camaçari, juntamente com representações sindicais do município, realizou nesta segunda-feira(28) um ato em prol da “Justiça do Trabalho e dos Direitos”, que poderá ser extinta pelo governo Bolsonaro.

Para o presidente da OAB Camaçari, Paulo Carneiro, a extinção do órgão representa um grande risco para as condições de trabalho “dignas e humanamente aceitáveis”, disse. Ele considerou o ato como muito importante e não só simbólico. “Marcação de ponto do início de uma grande resistência, contra essa intenção do governo de extingui a Justiça do Trabalho”, pontuou.

Antônio Ubirajara, coordenador geral do SINDTICC – disse que “se de fato acontecer como está sendo planejando, a extinção da Justiça do Trabalho, aqui em Camaçari, só perderão toda a sociedade e os trabalhadores”, ressaltou .

Já para Ronaldo, secretário de saúde do Sindalimentação, a ideia não é que
a Justiça do Trabalho seja paternalista com o trabalhador, mas apenas faça justiça. “Nós defendemos a Justiça do Trabalho como instrumento fundamental para equilibrar a luta dos trabalhadores”, pontuou.

O ato faz parte de um movimento em repúdio a declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista a uma emissora de TV, no dia 3 de janeiro, o presidente criticou os custos da manutenção da Justiça do Trabalho e disse que “se houver clima” proporá a sua extinção. Bolsonaro disse também que haveria excesso de proteções trabalhistas no país, o que levaria a milhões de ações judiciais, informou a OAB.

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