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Engenheiro Moacyr Trés da Costa Trindade, 61 anos. (Foto: Reprodução/TV Bahia)

Uma ação feita pela Polícia Militar, há 13 dias, no bairro do Imbuí, em Salvador, pode ter resultado na morte do engenheiro elétrico Moacyr Trés da Costa Trindade, 61 anos. Em meio a uma investigação feita pela Corregedoria da PM, oito policiais militares foram afastados.

De acordo com familiares, o engenheiro desapareceu, no dia 18 de junho, após realizar compras em um mercado, na Avenida ACM. Ele estava a caminho de um condomínio na Avenida Paralela. A família chegou a achar que o engenheiro estaria desaparecido, mas Moacyr só foi identificado depois de uma semana, quando amigos e familiares fizeram a procura no IML.

Aderbal Gonçalves, advogado da família da vítima, afirmou que o Instituto Médico Legal sabia da identidade do engenheiro e já tinha encaminhado o documento do caso à Corregedoria da Polícia Militar, que começou a apurar a situação antes mesmo da família saber da morte do engenheiro.

Segundo Gonçalves, foram encontradas versões diferentes informadas pelos policiais no IML. A PM emitiu um comunicado, afirmando que os policiais envolvidos na ação disseram que Moacyr estava dirigindo em alta velocidade e por isso foi perseguido. Ele não teria atendido às ordens de parar, o que levou os policiais a atirarem. O carro que Moacyr dirigia tem marcas de tiro nas portas e nos pneus. O automóvel se encontra no pátio do Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador.

A Corregedoria da Polícia Militar investiga se o caso ocorreu durante uma blitz, versão dada pelos policiais no Instituto Médico Legal (IML) no dia da morte de Moacyr. Em nota, a PM informou que os nomes dos policiais não serão revelados neste momento, pois se trata de um procedimento inquisitorial em sua fase inicial. Eles cumprem serviços administrativos até o fim das investigações.

O afastamento dos oito policiais envolvidos na ação foi determinado pelo Secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa. As armas utilizadas na ação foram apreendidas e encaminhadas ao DPT para análise. Apesar disso, o secretário não se posicionou sobre o fato da família do engenheiro não ter sido avisada da morte dele.

 

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