Líderes políticos que formam a oposição do município de Camaçari foram entrevistados no Jornal da Sucesso desta terça-feira (13), comandado pelo radialista Roque Santos, e conversaram sobre os rumos políticos e a ida de Marco Antônio para o grupo do prefeito Luiz Caetano. Aos poucos a oposição vai se costurando e se consolidando em uma matéria única para enfrentar a corrida pela prefeitura da cidade nas eleições municipais de 2012, mas foi nocauteada com a perda do radialista.
Uma das primeiras perguntas para os entrevistados foi relacionada a ida de Marco Antonio para o grupo de Caetano. Quem respondeu foi a vice-prefeita de Camaçari, Tereza Giffoni (PSDB), que é pré-candidata a prefeita do município. Para ela, a saída de Marco não causou perda de votos para o grupo. “A saída dele não influenciou no nosso eleitorado, porque você sabe que as pessoas que apoiavam Marco são pessoas de oposição. Ele foi sozinho e as pessoas ficaram e estão trabalhando conosco, fazendo com que cada dia que passe a gente cresça mais”, disse.
A vice-prefeita disse que os votos de Marco não serão perdidos, já que o nome do político foi construído pela oposição e os votos depositados nele pertencem ao grupo. “Na realidade, Marco surgiu na eleição passada com a ajuda da oposição. Toda a oposição ajudou para que ele chegasse aonde ele chegou, a ponto de Caetano puxa-lo para o lado dele”, ressaltou.
Quanto a falta de apoio da oposição ao radialista, Tereza afirmou que o apoio sempre foi igual para todos. “O tratamento dele era igual, como todos fomos tratados dentro da oposição. Ele participou de todas as reuniões, discutiu conosco, inclusive ele não nos comunicou da decisão de sair do grupo, então quem errou foi ele e não a gente”, esclareceu.
O presidente da Câmara de Vereadores, Zé de Elísio, foi questionado sobre a possibilidade, agora descartada, de uma dobradinha com Marco na majoritária, mas desviou da pergunta e falou sobre a questão dos votos que foram juntos com Marco para o governo. “Eu vejo que ele teve 22 mil votos, mas também votos desses que estão aqui na mesa agora (no estúdio), votos que realmente não concordam com o modelo de governo que está instalado em Camaçari, por conta disso ele deve ter levado uns cinco por cento junto com ele”, falou.
O presidente do PTN de Camaçari, Maurício Bacelar, disse não se sentir nocauteado com a perda de Marco Antônio. “Nós estamos é mais firmes e mais fortes. Eu me sinto é decepcionado com Marco Antônio. Eu marchei com Marco Antônio nas eleições de 2008, a militância do PTN ajudou na campanha, ele tinha um compromisso público com as oposições de Camaçari”, declarou.
Oswaldinho Marcolino (PMDB) também não concorda com a afirmação do radialista Marco Antonio quanto a sua desvalorização dentro da oposição. “Marco sempre teve um tratamento respeitoso da nossa parte, ele sempre esteve inserido em todas as discussões, em todas as decisões. Dias antes de ser anunciada a ida dele para o governo ele esteve na conosco em uma reunião em Arembepe, ou seja, ele participava das decisões, das conversas, dos nossos planejamentos e das nossas estratégias”, afirmou.
Por Henrique da Mata