O governo admitiu que ainda não foi possível detectar com precisão a origem do vazamento de óleo no litoral brasileiro, mesmo após ser anunciado a proximidade do fim do “mistério”, que inclusive, chegou a apontar um navio grego como o responsável pelo crime ambiental.

“Não sabemos até o momento qual foi a origem desse derramamento, bem como a data”, pontuou o vice-almirante da Marinha, Marcelo Francisco Campos, durante uma audiência pública realizada pela CPI do Óleo, na Câmara dos Deputados, conforme informações do Estadão.

Até o momento, já se passaram 101 dias desde a primeira ocorrência de derramamento no litoral, registrada no litoral da Paraíba, no dia 30 de agosto.

Campos destacou que a possibilidade de vazamento de petróleo cru é a única descartada. A Marinha aponta a possibilidade de derramamento acidental ou intencional, além de um incidente durante a transferência de óleo entre embarcações. A corporação ainda reafirmou que a substância seria uma mistura de petróleo da Venezuela.

Levantamento da tragédia ambiental

Cerca de 3.600 km do litoral já foi atingido pela substância. Ao todo, são 906 localidades de 127 municípios nas regiões Nordeste e Sudeste.

De acordo com o levantamento de ações feitas pela Marinha, Ibama e demais órgãos que atuam na retirada do petróleo cru, 5 mil toneladas de óleo foram coletadas. Os dados oficiais ainda apontam que não há registros de novas manchas há 31 dias.

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