O exame do paciente que provocou um princípio de incêndio na ala da enfermaria do Hospital Espanhol, em Salvador, ontem (6) à noite, deu negativo. O homem estava internado na unidade de campanha para tratamento exclusivo de pessoas com o novo coronavírus (Covid-19) e tentou fugir. O resultado do exame foi divulgado nesta quinta-feira (7), pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).

Durante a tentativa de fuga, o paciente sofreu fraturas e traumatismo, ao cair da janela do 4° andar da casa de saúde. Ele foi transferido para o Hospital Municipal, no bairro de Cajazeiras e  passou por uma cirurgia. De acordo com informações da unidade de saúde, o paciente está em coma induzido e deve passar por outro procedimento cirúrgico nos próximos dias.

Nesta quinta-feira, visando evitar outros casos parecidos como o do agricultor (que conforme informou o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, teve um surto psicótico), o Hospital Espanhol instalou grades nas janelas.

Na ação, que aconteceu por volta das 23h da quarta-feira, o paciente usou um isqueiro e colocou fogo em um colchão. Depois disso, o homem pulou por uma das janelas, caiu em uma laje e fraturou uma das pernas.  Apesar de haver outros 32 pacientes no 4º andar do Hospital Espanhol, no momento do incidente, não houve registro de outros feridos.

Após o caso, 26 dos 32 pacientes foram transferidos para outras unidades da capital baiana, a exemplo dos hospitais Ernesto Simões, Municipal e Couto Maia.

O paciente, que teve o surto, tem 55 anos e vive em sítio na cidade de Conceição de Feira. Ele havia sido regulado na segunda-feira (4) para o Hospital Espanhol.

Como acontece o procedimento de internação

A subsecretaria estadual de Saúde, Tereza Paim, explicou que os pacientes que apresentam sintomas do novo coronavírus, e procuram uma unidade médica, passam por um procedimento de internação.

“A pessoa que tem sintomas como febre ou desconforto respiratório, a tosse seca, ela, ao procurar a unidade de saúde, a depender da gravidade, ou seja, do grau do desconforto respiratório, ela vai ser enviada para uma unidade de referência a Covid”, disse. Em seguida, Paim acrescentou: “É uma unidade hospitalar aonde ela pode ir tanto para um leito clínico como para um leito de terapia intensiva, porque depende da gravidade da pessoa que procurou a unidade de saúde”.

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