O corpo dela foi deixado por ele em um bueiro no Jardim Iva neste domingo (27).

Segundo a Polícia Militar, o homem de 30 anos assumiu que forjou um assalto. Ele ligou para a central telefônica da PM por volta das 10h deste domingo, afirmando ter sido abordado por criminosos em duas motos que levaram seu carro com a filha dentro.

Uma hora depois, a polícia encontrou o veículo em uma rua do Jardim Iva. Moradores disseram à polícia que o carro havia sido deixado no local por volta das 6h. A PM também estranhou o fato de o motor estar frio.

Em conversa com a polícia, ele teria confessado que matou a menina e a jogou no bueiro. O depoimento em que ele admite ter batido na criança foi gravado pela polícia. A madrasta, de 22 anos, também teria participado do crime e foi presa.

"Eu bati muito forte, sei que já ficou inchado na hora. Com a queda da cabeça, fiquei com medo de levar ela no médico. Ela piorou mesmo de quarta pra quinta. Quando foi na sexta-feira de manhã, acordei, mandei a minha mulher ver. E a mulher falou: ‘Ela não tá respirando, não’. Deixei ela embrulhada no cobertor pra ver o que eu vou fazer. Aí, ficava pensando se levava no médico, ia ver o machucado na cabeça e o roxo do olho. Iam falar que eu tinha espancado a menina. Falei é ruim, né, não vou pra cadeia por causa disso daí", contou o pai.

Segundo o delegado Arli Antônio Reginaldo, do 69º DP, em Teotônio Vilela, a menina tinha hematomas pelo corpo e havia sido vítima de maus-tratos.

A mãe de Cauane, Jéssica de Moura, havia visto a filha pela última vez no dia 12 de outubro. “Não esperava que ele fosse fazer uma dessas com ela”, disse Jéssica.

O pai e a madrasta da vítima irão responder a processo por falsa comunicação de crime, ocultação de cadáver e homicídio duplamente qualificado. Para a polícia, eles a mataram por motivo fútil e usando meio cruel.