Os pais confessam que tiveram dificuldades para lidar com o assunto, mas optaram por respeitar a vontade do filho e desde 2018 passaram a permitir que o garoto usasse itens femininos nas ruas de uma pequena cidade do interior de Santa Catarina, onde moram.

Neste mesmo ano foram denunciados por meio do Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família, e dos Direitos Humanos.

A denúncia anônima dizia que a criança estaria sendo incentivada pelos pais e pela madrasta a usar roupas e acessórios femininos e estaria sofrendo bullying no ambiente escolar. O caso foi levado para o Ministério Público de Santa Catarina e encaminhado para a área de Infância e Juventude da Promotoria de Justiça do município em que a família mora.

Policial Civil, o pai da criança revela que teve de rever o modo como encara questões sobre gênero desde que o filho passou a se vestir com roupas femininas. “Eu já tive comportamentos homofóbicos e até fazia piadinhas. Mas revi tudo isso. Hoje vejo que não há motivos para essas ofensas. Aprendi que algumas piadas ou comentários podem ser muito desrespeitosos”, relata.

A mãe da criança, corretora de seguros, 31 anos, também confessa ter ficado abalada com a denúncia. “Foi uma situação bem difícil”, resume. Ela está separada do pai da criança e divide com ele a guarda do filho.

 

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