Em mais um gesto simbólico do papa Francisco, a missa inaugural de terça-feira (18) terá uma série de alterações com o objetivo de deixá-la mais curta e simples. A cerimônia reunirá dezenas de milhares de fiéis e terá a participação de 31 chefes de Estado, entre eles a presidente Dilma Rousseff.

A principal mudança se refere à leitura do Evangelho, que deixará de ser lido em latim. A língua morta vinha sendo revalorizada pelo antecessor, Bento XVI. A leitura só será em grego, língua que simboliza da “unidade das igrejas do ocidente e do oriente”, conforme explicou nesta segunda-feira (18) o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Outras mudança será uma procissão mais curta e a promessa de obediência, que será feita por seis cardeais – o de Bento 16 teve 12 cardeais.

“O papa ama uma certa espontaneidade”, afirmou o porta-voz. Ele aconselhou os jornalistas a não se prenderem apenas ao texto da homilia que será distribuída antes por escrito, já que Francisco tem improvisado nas falas. Antes da missa Francisco passeará de papamóvel pela praça de São Pedro, para saudar os fiéis.

Desde que foi escolhido, há cinco dias, Francisco tem dado vários gestos de que fará uma papado com menos pompa e protocolo em relação a Bento 16. No dia em que foi escolhido, por exemplo, recusou a limusine para ir de ônibus da basílica aos seus aposentos, juntos com os cardeais.

Na cerimônia de amanhã, chamada oficialmente de “inauguração do ministério petrino do bispo de Roma”, 132 comitivas de países e organizações estarão presentes. Várias religiões cristãs enviaram representantes, além de muçulmanos, judeus e budistas. Fonte: Correio