Estreado em 2022 para celebrar os 80 anos de vida de Gilberto Gil, “Viramundo”, do Balé Teatro Castro Alves (BTCA), tem realizado aplaudidas temporadas, com ingressos esgotados e uma especial atenção do público. Além de Salvador, o espetáculo já passou por Feira de Santana e Alagoinhas, e agora inicia circulação por mais quatro cidades baianas: Camaçari, em 22 de julho, no Teatro Cidade do Saber; Porto Seguro, em 3 de agosto, no Sesc Porto Seguro; Itabuna, em 5 de agosto, no Centro Cultural Candinha Dórea; e Juazeiro, em 26 de agosto, no Centro de Cultura João Gilberto.

Todas as apresentações serão gratuitas, iniciadas às 19h e seguidas de um bate-papo sobre o processo criativo da obra. Este projeto se realiza numa parceria entre o Teatro Castro Alves (TCA) e Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) com a Fundação Nacional de Artes (Funarte).

“Viramundo” tem direção e criação coreográfica de Duda Maia e música original do maestro Ubiratan Marques. Todo o elenco do BTCA está em cena, ressoando as danças que Gilberto Gil, em sua figura e em sua produção, desperta em seus corpos. Um roteiro musical dançado – ou um roteiro de dança musicada – nasce do acordo criativo entre Duda e Ubiratan. Na conexão entre ancestralidade e futuro, raízes e profecias, sertão e litoral, ecologias e tecnologias, despontam a diversidade, a atemporalidade, a generosidade. Com e na diferença, evidenciando os potenciais de artistas da dança de gerações, formações e experiências variadas, um olhar democrático de criação evoca a autenticidade e a espontaneidade do movimento. Acolhimento que se reflete em pertencimento, beleza, abraços, muitos abraços. Gilberto Gil é vida e festejo num palco onde todos e todas se divertem. Dança que quer ser Gil. Música que não existe sem Gil.

“Perseguimos uma obra essencialmente brasileira, e a textura, a qualidade de movimento, quer trazer o espectador para dentro da cena. Diminuímos a distância entre quem vê e quem está no palco”, descreve a diretora Duda Maia. Para a criação da trilha sonora original, nascida dos embriões que Gil inventa e ecoa, Ubiratan Marques se baseou em três movimentos de percepção da obra do homenageado: o 1º movimento, Sertão; o 2º, Tropicália; e o 3º, Expresso 2222. São sonoridades que representam sua leitura e remetem às características próprias de Gilberto Gil, misturadas a trechos de suas canções em novos arranjos. A Orquestra Afrosinfônica executa a música, gravada para a circulação fora de Salvador.

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