Na manhã desta sexta-feira (03), o prefeito de Camaçari, Antonio Elinaldo, fez uma avaliação mais completa dos danos documentais causados pelo incêndio criminoso que destruiu três salas da Secretaria de Infraestrutura e Habitação (Seinfra) na madrugada desta quinta (02).
O fogo atingiu as salas onde estavam guardados documentos das obras de reurbanização da Bacia do Rio Camaçari e do programa Minha Casa, Minha Vida, projetos que receberam verbas do Governo Federal nas gestões anteriores para serem realizados no município. “Precisamos saber a quem interessa a perda desses documentos, pedimos apoio da Secretaria de Segurança Pública do governo do estado, do Ministério Público Estadual e Federal, porque precisamos de uma resposta para esse ato criminoso, que acontece pela terceira vez aqui na secretaria”, disse o prefeito Elinaldo, ao lembrar que outros ataques ocorreram em março e outubro deste ano.
Para Elinaldo, a consecutivas investidas contra o prédio da Seinfra é um forte indicativo de que a ação criminosa não é um ato de violência gratuita, ou seja, provavelmente tem uma motivação específica. “É uma situação gravíssima, que deixa claro que a intenção é destruir documentos importantes de projetos do governo federal, e nós não vamos descansar enquanto as autoridades competentes não encontrarem os envolvidos”, reforçou.
De acordo com o prefeito, o município não será prejudicado com a perda dos documentos. “Graças a Deus, a secretária Joselene Cardim tomou o cuidado de digitalizar todos os documentos do Minha Casa, Minha Vida e da obra do Rio Camaçari, o que nos tranquiliza e não prejudica as pessoas inscritas no projeto habitacional”.
Mesmo com a ousadia dos homens encapuzados e a frequência dos ataques à Seinfra, o prefeito Antonio Elinaldo disse que não vai se intimidar. “Fico triste com esse tipo de situação, é um ato covarde, é dinheiro público que terá que ser utilizado aqui para recuperar a sala atingida, repor os equipamentos perdidos, mas não é por isso que vamos nos intimidar, vamos continuar trabalhando pela população”, destacou.