A avaliação do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a proposta de reforma da Previdência apresentada pelo relator deputado federal Samuel Moreira (PSDB-SP) é de que o texto cede a privilégios e aborta a proposta de capitalização, o que vai acabar gerando necessidade de uma nova reforma no futuro.

“Eu acho que houve um recuo que pode abortar a nova Previdência. O recuo é que pelo menos pressões corporativas e de servidores do Legislativo forçaram o relator a abrir de R$ 30 bi para os servidores do Legislativo que já são favorecidos no sistema normal, então recuaram na regra de transição. E como isso ia ficar feio, recuar só nos servidores, estenderam também para o regime geral”, disse o ministro.

O relatório apresentado nesta quinta-feira (13) pelo relator manteve alguns pontos do texto do governo, como a idade mínima, mas mudou as regras de transição para funcionários públicos e retirou estados e municípios do debate.

Guedes não comentou todas as alterações feitas na proposta, mas destacou que “preferimos que estados e municípios fossem incluídos, isso é importante porque eles estão fragilizados financeiramente”. Destacou, no entanto, que considera a atitude dos parlamentares contrária à estruturação de uma reforma.

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