De acordo com João Carlos Salles, reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Presidente Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o recurso de R$ 1,2 bilhão desbloqueado na segunda-feira (30) pelo Ministério da Educação (MEC) é importante, entretanto, não é suficiente para as despesas das instituições federais de ensino do país.

Em entrevista ao UOL, Salles afirmou que “o desbloqueio é até um reconhecimento de que as universidades não poderiam suportar um tempo a mais [com a verba congelada]”.

O montante desbloqueado corresponde à metade da verba que havia sido congelada para essas instituições, de R$ 2,12 bilhões. A liberação é feita no orçamento discricionário, aquele que envolve despesas como luz e água, mas não salários.

João lembra também que “as universidades já têm executado medidas para adequar seus gastos e suas despesas” a um orçamento que, mesmo antes dos bloqueios, já era defasado. Os recursos para as universidades sofrem cortes desde 2014.

“Há uma defasagem do orçamento das universidades que vem desde 2014 e que é crescente. Em relação ao crescimento das universidades, à inflação”, diz. “Ou seja, precisaríamos de mais e estamos tendo menos”.

Ao final, Salles enfatiza que não é possível realizar uma estimativa de até quando as universidades seguirão funcionando depois da liberação de verbas.

“Depende da situação de cada universidade. Estamos vivendo já na situação de dívida, em algumas é maior, existe um passivo por causa dessa defasagem. Mas é difícil dizer isso como uma medida comum”.

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