O repórter é antes de tudo alguém curioso, até chato. Detalhista, insistente, pentelho mesmo. Não pode desistir diante de um rosto fechado, de uma secretária mais realista do que o próprio chefe, de um segurança carrancudo ou um telefone que insiste em dar sinal de ocupado.
O repórter precisa ser persuasivo, obstinado, apaixonado. Pronto! Chegamos ao ponto crucial: impossível ser repórter sem gostar do que faz, sem ter vontade de fuçar aquele assunto mais e mais, de checar uma informação nova, buscar o contraponto, atiçar a polêmica.
Repórter que é repórter não teme passar do horário, não rejeita pauta e disso muitos se aproveitaram (e ainda se aproveitam) os chefes de ocasião. Parece até que o chefe de reportagem tem um faro especial para adivinhar o dia daquela consulta que você levou um mês para conseguir marcar… Mas, independentemente dos contratempos, provações e privações, seu objetivo final precisa ser atingido – conseguir levar a informação a todos com credibilidade, ciente de que o seu papel não é meramente informar, mas ajudar a construir uma realidade que insiste em dizer que ele é o 'quarto poder'. Talvez. Mas uma coisa é certa: com poder ou sem poder a sociedade não pode viver sem um repórter.
A todos que se desdobram nesta profissão uma singela homenagem do RMS Notícias: Parabéns!