Os vigilantes pararam por tempo indeterminado a partir desta terça-feira, 26, na Bahia. O movimento já atinge as agências bancárias. Na região da avenida Sete Setembro, no Comércio e na Graça, a maioria dos bancos mantém apenas os postos de autoatendimento em funcionamento. Neste trecho, somente o Banco Bradesco não suspendeu as atividades na parte interna da agência até o início desta tarde.

Segundo a assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal (CEF), a maioria das agências estão fechadas por conta da paralisação. Já o Banco do Brasil está funcionando parcialmente em Salvador. De acordo com a assessoria do banco, o núcleo de segurança da instituição financeira está avaliando a situação de cada agência para decidir se mantém o funcionamento. Os usuários podem utilizar os caixas eletrônicos, que operam normalmente.

Há relatos de usuários de que a greve também interfere no funcionamento dos bancos privados.

A categoria pede o cumprimento da lei 12.740, que estabelece adicional de 30% de periculosidade. "Apesar da lei entrar em vigor na data de publicação (10 de dezembro), o patronato se nega a cumprir", afirmou o diretor do Sindicato dos Vigilantes do Estado da Bahia (Sindvigilantes), Paulo Brito.

Ainda de acordo com o Sindvigilantes, empregadores de cerca de 35 mil vigilantes se negam a cumprir a legislação, argumentando que falta regulamentação da profissão pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

Manifestações – Em protesto, a categoria já realizou uma passeata da Rua da Independência, em Nazaré, para o Campo Grande, na manhã desta terça-feira, 26. O grupo se manifestou em frente às agências bancárias. De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador), a movimentação deixou o trânsito congestionado no Centro da cidade.

No início da tarde, o grupo de vigilantes voltou a fazer manifestações em frente ao Banco do Brasil, no bairro do Comércio. O trânsito no local também ficou lento.

Bancos – Os bancos são os mais atingidos pela greve, já que a lei federal 7.102/83 determina a necessidade de, no mínimo, dois profissionais de segurança em cada unidade bancária.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Euclides Fagundes, não confirma a paralisação das unidades bancárias, mas disse que está preocupado com o funcionamento das agência sem vigilantes e alega que alertou a gerência dos bancos para o risco.

Além dos bancos, a greve também deve atingir o funcionamento de órgãos públicos, escolas, hospitais, parques e shoppings, de acordo com o Sindvigilantes. Fonte: A Tarde