Na sexta-feira (15/1), partidos de oposição decidiram apresentar um novo pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Dessa vez, o documento foi motivado pelo colapso da saúde em Manaus (AM), que sofre com falta de oxigênio em hospitais, em meio à alta de internações de pacientes infectados pelo novo coronavírus (Covid-19).

As siglas, Rede, PSB, PT, PC do B e PDT (que assinam o documento) informaram que a decisão aconteceu após considerarem “a prática de crimes de responsabilidade em série, que resultaram na dor asfixiante do Amazonas e de milhares de famílias brasileiras”.

“O presidente da República deve ser política e criminalmente responsabilizado por deixar sem oxigênio o Amazonas, por sabotar pesquisas e campanhas de vacinação, por desincentivar o uso de máscaras e incentivar o uso de medicamentos ineficazes, por difundir desinformação, além de violar o pacto constitucional entre União, estados e municípios”, ressalta outro trecho do documento.

Os partidos solicitam que o Congresso Nacional reaja imediatamente a Bolsonaro “representando a nação”.

A nota também pede a volta dos trabalhos do Legislativo para discutir medidas que possam minimizar a crise sanitária vivida por Manaus. Os parlamentares estão em recesso e só retornam em 1º de fevereiro.

Também na sexta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), destacou que será inevitável discutir um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro “no futuro”. Ele também defendeu que o Congresso volte a trabalhar já na semana que vem e enviou um ofício ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para que convoque o Parlamento.

Ao todo, o presidente da Câmara já recebeu mais de 50 pedidos de impeachment contra Bolsonaro. No entanto, não deu seguimento a nenhum deles sob o argumento de que isso traria mais instabilidade ao país.

Manaus

Manaus vive um cenário de “pânico, em virtude do recorde de hospitalizações por Covid-19 e falta de oxigênio nos hospitais.

Na quinta-feira, 14 de janeiro, o insumo faltou em diversos hospitais da rede pública, resultando assim na morte de pacientes por falta de oxigenação, conforme relatos de médicos nas redes sociais.

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