Alguns representantes de partidos como PSDB e PT, além das próprias legendas, foram rápidos e reagiram à declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Eles sugeriram um novo Ato Institucional Número 5 (AI-5) como retaliação, caso a esquerda resolva fazer manifestações como as que ocorrem no Chile.

No Twitter, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, assegurou que a frase de Eduardo precisa ter “providências” tomadas pelo Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ela escreveu: “Em menos de uma semana, @BolsonaroSP volta a defender regime de exceção e ameaça a esquerda. MP/STF precisam tomar providências e não vamos nos intimidar, continuaremos denunciando o desmonte e abusos. A população precisa saber o que vocês estão fazendo”.

O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio, destacou que a ameaça do filho de Jair Bolsonaro (PSL) é considerada um insulto à democracia. “É um comentário que afronta a democracia, agride o bom senso e que não ajuda em nada o país neste momento em que estabilidade política é essencial para avançarmos nas discussões que são importantes para o país”.

Também no Twitter, o PSOL comentou a declaração. “A ameaça feita por Eduardo Bolsonaro de “um novo AI-5” é um escândalo. Essa família não esconde mais: seu horizonte é a perseguição aberta a opositores, a violência institucional, assassinatos e torturas. Até quando vai ser tolerado? O PSOL vai tomar medidas contra esse absurdo”.

AI-5

O AI-5 é um decreto e foi criado em 1968, durante a Ditadura Militar. Ele foi o responsável por fechar o Congresso Nacional, além de gerar cassação de mandatos e permitir intervenção federal em estados e municípios, entre outros.

O decreto é considerado o mais rígido dos atos institucionais.

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