A repórter da Folha de S.Paulo, Patrícia Campos Mello, pediu a abertura de uma ação na Justiça com pedido de indenização por danos morais contra o presidente Jair Bolsonaro, assim como o ex-funcionário da Yacows, Hans River, e o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, do portal Terça Livre. O motivo do processo são os ataques misóginos contra ela com insinuações sexuais.

Em fevereiro, durante depoimento à CPMI das Fake News do Congresso, Hans River mentiu a parlamentares ao afirmar que Patrícia se insinuou sexualmente para ele em troca de informações sobre o disparo ilegal de mensagens no Whatsapp durante a campanha presidencial de 2018.

O depoimento do ex-funcionário foi a base para o insulto de Bolsonaro contra Patrícia, quando o presidente afirmou que a repórter queria “dar o furo”, em uma frase permeada por conotações sexuais. A ofensa foi repercutida por diversos parlamentares aliados ao presidente, inclusive o próprio filho do ex-capitão, Eduardo Bolsonaro.

“No rastro dessa difusão de ofensas e mentiras, o presidente da República, em mais um ato em que desconsidera completamente a liturgia do cargo que ocupa, assumiu para si o discurso ofensivo, desrespeitoso e machista contra Patrícia na sua matinal entrevista em frente ao Palácio da Alvorada. Os danos morais, no caso em tela, além de servirem como reparação pela ofensa à honra e dignidade da autora, também devem possuir um caráter punitivo pedagógico, com o intuito de desestimular a conduta indevida do réu e de terceiros, sabendo que terão de responder pelos danos causados”, diz a defesa de Patrícia.

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