Presente

Enquanto a oposição de extrema direita comandada pela aliança demo-tucana chora o fracasso das manifestações pelo impeachment, a presidenta Dilma Rousseff, que nesta segunda-feira completou 68 anos de idade, recebeu valioso presente: o apoio político de 16 prefeitos de capitais. Dias antes ela já havia recebido a mesma solidariedade de 16 governadores. O golpe encontra a cada dia mais resistência.

Ilações

Os 16 prefeitos de capitais signatários de documento de apoio à presidenta Dilma Rousseff, divulgado nesta segunda-feira, afirmam que o pedido de impeachment se baseia em “ilações e suposições”. O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), perdeu o rumo da história e preferiu ficar ao lado dos golpistas. Pode pagar caro politicamente, para quem pretende dar vôos mais altos.

Resistência

A desesperada tentativa golpista da aliança demo-tucana tem encontrado cada vez mais resistência, nos mais diferentes segmentos da sociedade. Além de 16 governadores e 16 prefeitos de capitais, já se manifestaram publicamente contra o impeachment artistas, intelectuais, juristas, professores, reitores e entidades de peso como CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e UNE (União Nacional dos Estudantes).

Manobra

Mesmo ainda atordoada com o fiasco das manifestações de domingo, a oposição de extrema direita tenta mais uma manobra para salvar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e, ao mesmo tempo, não deixar o processo de impeachment morrer de vez. O plano é o presidente da Câmara Federal renunciar ao cargo, a fim de não perder o mandato, e o correligionário Jarbas Vasconcelos (PE) assumir a presidência da Casa, com o compromisso de tocar para a frente a tentativa de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.

Desmoralizado

Filiado há muitos anos ao PMDB, o jornalista e escritor Fernando Morais diz ter convicção do fracasso do golpe. Afirma não haver como tachar a presidenta Dilma Rousseff de desonesta, que a população não apoia o impeachment e que o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, “não tem autoridade moral e política para conduzir um processo dessa gravidade”. Também beliscou o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). “Ele vai decidir se entra para a história pela porta da frente ou pela do fundo”.