Chantagem

Documento divulgado pelo PSOL e Rede Sustentabilidade considera que a deliberação do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de abrir o processo de impeachment contra a presidente é “uma clara retaliação à perspectiva de derrota no Conselho de Ética”. O texto apela ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que acolha a representação dos dois partidos para afastar imediatamente o peemedebista do cargo, “para livrar a República da lógica da chantagem e da ameaça”.

Bispos

Na relação das entidades, instituições e personalidades que têm se posicionado contra a abertura de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, merece destaque a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que divulgou nota pública à nação. “Que autoridade moral fundamenta uma decisão capaz de agravar a situação nacional com consequências imprevisíveis para a vida do povo?”. Em outro trecho do texto, a CNBB afirma: “Carece de subsídios que regulem a matéria. Há no contexto motivação de ordem estritamente embasada no exercício da política voltada para interesses contrários ao bem comum”.
Unidade

Para o jornalista Alex Solnik, “a decisão descabida, vingativa e canalha de Cunha pode ter uma consequência benéfica: unir o Brasil em torno de Dilma”. Em artigo muito bem redigido, ela diz que “o país vai se dividir agora não mais em petistas e tucanos e sim em dois grupos: os homens decentes que vão se alinhar com Dilma, que é uma mulher decente, e os canalhas que vão marchar com Cunha até o lixão da história. Como há muito mais brasileiros decentes do que canalhas, o apoio a Dilma vai aumentar na mesma medida em que o de Cunha vai chafurdar na pocilga comum”.

Apoios

A cada dia aumentam as manifestações de apoio à presidenta Dilma Rousseff. Embora a mídia comprometida com as conspirações golpistas da aliança demo-tucana tente esconder, o fato é que o repúdio dos nove governadores do Nordeste contra o impeachment tem grande peso político. Eles consideram que a decisão de Eduardo Cunha não passa de “absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional”. Tem mais, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), está articulando uma mobilização geral de todos os governadores, com reunião hoje, em Brasília.