Retaliação

Documento divulgado pelo PSOL e Rede Sustentabilidade considera que a deliberação do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de abrir o processo de impeachment contra a presidenta é “uma clara retaliação”.

Rede

A extrema direita brasileira, leia-se DEM e PSDB, com o apoio da mídia, usa o desesperado presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mergulhado em acusações de corrupção e roubo, para dar seguimento à tentativa de golpe. Mas, a sociedade está alerta. Personagens dos mais diversos setores participam da Rede da Legalidade contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Lideram a iniciativa, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) e o presidente do PDT, Carlos Lupi.

Resistência

A Rede da Legalidade é uma nova versão da iniciativa capitaneada por Leonel Brizola em 1961, que buscou organizar uma resistência à primeira tentativa de golpe contra João Goulart. Naquela época, o rádio foi o principal canal de difusão. Hoje, a versão mais moderna da iniciativa, utiliza a internet, sobretudo as redes sociais. No Facebook, a página já está disponível com o nome Golpe nunca mais.

Desafio

Durante o lançamento da Rede da Legalidade, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), lembrou que o acolhimento do impeachment é um atentado à Constituição Federal e fez um bom desafio aos golpistas. Quer que apresentem só 10 professores de direito no Brasil que sustentem a tese. Difícil.

Peso

Enquanto os golpistas contam com o apoio de meia dúzia de advogados para dar andamento ao processo de impeachment, mais de 30 juristas, juntamente com professores universitários, magistrados, membros do Ministério Público e bacharéis em Direito, lançaram, na segunda-feira, um manifesto contra as tentativas golpistas. A iniciativa é encabeçada pelo maior nome do Direito Administrativo brasileiro, Celso Antônio Bandeira de Mello.

Futuro

Quem acompanha de perto os debates sobre o futuro político do Brasil já deve ter notado. Ciro Gomes (PDT) tem aparecido como uma real alternativa para as eleições presidenciais de 2018. Dos quatro presidenciáveis, à exceção de Lula, Ciro Gomes é quem assume a defesa mais enfática da legalidade, condenando o impeachment e prometendo resistência. Como diz bem o jornalista e escritor Fernando Morais, “Ciro é hoje uma das figuras mais importantes na cena política”. Agora é saber como será até 2018.