O presidente Lula é o alvo do pedido de impeachment pelas declarações sobre as ações de Israel na Faixa de Gaza foi protocolado na Câmara dos Deputados com 19 assinaturas. O documento deverá ser analisado pelo presidente da Casa, Arthur Lira.

A deputada Carla Zambelli encabeça o pedido de impeachment contra Lula. A deputada disse acreditar que o requerimento será encaminhado para a pauta das votações por Arthur Lira.

“Também não achávamos que Eduardo Cunha [ex-presidente da Câmara] acolheria o pedido contra Dilma. Mas acolheu e submeteu ao plenário. Pela pressão popular e pela própria briga com Dilma. A relação do Lula com as pessoas é instável. Caso perca a ponte com o governo, pode se sensibilizar, como já aconteceu antes”, disse Zambelli.

pelas declarações de Lula comparando as ações de Israel ao Holocausto judeu promovido pela Alemanha nazista.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula no domingo (18/2), durante viagem ao Egito.

O partido que mais protocolou assinaturas foi o Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. Seu filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assinou o pedido, assim como os ex-ministros Ricardo Salles (PL-SP), do Meio Ambiente, e Eduardo Pazuello (PL-RJ), da Saúde, que atuaram na gestão do antecessor de Lula.

Além da oposição, outro aspecto da lista é a participação de políticos oriundos de partidos da base governista, que ocupam ministérios no governo, como União Brasil (ministérios da Comunicação e Turismo), PSD (ministérios da Agricultura, Minas e Energia e Pesca) e MDB (Cidades, Planejamento e Transportes).
Para os parlamentares que assinam o pedido, a fala de Lula se enquadraria em crime da responsabilidade contra a existência política da União por “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.

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