O Partido dos Trabalhadores (PT) vive um momento de desacolhimento no cenário político, em esfera nacional. Nas eleições municipais deste ano de 2020, a sigla não conseguiu eleger prefeitos em nenhuma das capitais do Brasil, pela primeira vez desde a redemocratização.

O total de 15 cidades disputavam o segundo turno das eleições municipais, realizado no domingo (29/11). A legenda foi derrotada em 11, sendo duas capitais (Recife e Vitória).

O PT só conseguiu eleger, em segundo turno, prefeitos das seguintes localidades: Juiz de Fora (MG), Contagem (MG), Diadema (SP) e Mauá (SP).

Cabe frisar que o partido era o que tinha mais candidatos na disputa neste segundo turno, realizado no domingo.

Entre as quatro cidades que o partido elegeu prefeitos, a conquista mais expressiva foi a de Margarida Salomão, em Juiz de Fora (MG).

Em contrapartida, uma das maiores derrotas, neste segundo turno, foi registrada em Recife: a candidata Marília Arraes (PT) disputava com João Campos (PSB), eleito com mais de 56% dos votos.

Já em Caxias do Sul (RS), o ex-ministro Pepe Vargas, que participava do governo da presidente Dilma Rousseff, foi derrotado pelo candidato do PSDB, Adiló, que saiu vitorioso com mais de 59% dos votos.

Outras informações

Na comparação com o total de prefeituras conquistas há quatro anos atrás, em 2016, esta foi a baixa mais significativa do Partidos dos Trabalhadores (PT).

Em 2008, a legenda conseguiu eleger 360 prefeitos em todo o país. Em 2012 o PT voltou a apresentar crescimento no total de prefeituras, com 637.

Em 2016, o PT perdeu em diversas cidades, ficando com apenas 254 prefeituras. Neste ano de 2020, o partido termina a eleição com 183 prefeituras, menor número em 16 anos.

Após a derrota nas urnas em 2020, o PT ocupa a 11ª posição entre os partidos, considerando o número de prefeituras.

No entanto, o levantamento do G1 aponta um ponto positivo para o partido: ele conseguiu ampliar o número de prefeituras de cidades grandes. Em 2016, o PT elegeu prefeitos em apenas quatro municípios de mais de 200 mil habitantes. Neste ano, foram sete.

Ademais, a sigla não saiu perdendo, se for levado em conta o número total de habitantes dos municípios que irá governar. Em 2016, eram 6,033 milhões. Agora, serão 6,045 milhões.

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