Pela primeira vez, desde a fundação do Conselho do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), o Brasil foi eleito para exercer a presidência do órgão. O mandato tem duração de um ano.
O Acnur foi criado em 1950, após a Segunda Guerra Mundial. O trabalho humanitário, ajuda os refugiados a recomeçarem suas vidas.
O Conselho do Acnur é responsável por coordenar as discussões entre os Estados membros, determinar as ações prioritárias, além de aprovar o orçamento do órgão.
De acordo com o Acnur, nas últimas décadas, os deslocamentos forçados atingiram níveis sem precedência. Estatísticas recentes apontam que, até o final do ano passado, mais de 79,5 milhões de pessoas no mundo deixaram seus locais de origem por causa de conflitos, perseguições e graves violações de direitos humanos.
A agência também detalha que cerca de 1% da população mundial está deslocada, sendo que, 40% são crianças.
O Itamaraty, em nota, ressaltou que a “eleição reflete o reconhecimento internacional pelo engajamento brasileiro no campo humanitário, sobretudo em razão das iniciativas inovadoras tomadas pelo governo federal na proteção a refugiados e no âmbito da Operação Acolhida”.
A operação é responsável por garantir o atendimento humanitário aos refugiados e migrantes venezuelanos em Roraima, principal porta de entrada da Venezuela no território brasileiro.