Nesta terça-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados de um levantamento que comparou a produção industrial brasileira em junho. Segundo o IBGE, a produção do país apresentou queda de 0,3% em julho. Trata-se da terceira queda mensal consecutiva. Na comparação com o mesmo mês (julho) de 2018, a queda foi ainda maior, de 2,5%.
Os números de julho assustaram o mercado, visto que, tanto na comparação mensal quanto na anual os números de julho vieram piores. Alguns analistas consultados pela Reuters, chegaram à projetar alta de 0,3% sobre o mês anterior e queda de 1,3% na base anual.
Esses números, se pensados no acumulado no ano, o tombo chega a 1,7%. Em 12 meses, a produção industrial mostra uma perda ainda maior de ritmo, ao passar de -0,8% em junho para -1,3% em julho, permanecendo em trajetória descendente
Com o resultado de julho, o patamar da produção industrial no Brasil está 18,3% abaixo do pico mais alto do indicador, registrado em maio de 2011.
O levantamento mostrou também que 11 dos 26 ramos pesquisados mostraram quedas na produção, ante um recuo em 17 setores no mês anterior, indicando uma queda mais concentrada em julho.
As principais quedas em julho foram em produtos químicos (-2,6%), bebidas (-4,0%) e produtos alimentícios (-1,0%). Juntos, estes 3 segmentos representam 22% de toda a produção industrial.
No quadro por grandes categorias econômicas, somente bens intermediários apresentaram queda, tanto na comparação com julho de 2018 (-5,4%), quanto no acumulado no ano (-3%), pressionada principalmente pela indústria extrativa.
Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (1,4%) e de bens de consumo duráveis (0,5%) registraram altas em junho, eliminando parte das perdas acumuladas nos meses de maio e junho.
No acumulado no ano, 14 dos 26 ramos, 43 dos 79 grupos e 53,3% dos 805 produtos pesquisados acumulam quedas. As informações são do G1.