O jornal Folha de SP divulgou nesta segunda-feira (25), que a Polícia Federal investiga fortes indícios de que verba eleitoral pública do partido Democratas foi desviada por meio da maior candidatura laranja das eleições de 2018.

Investigadores da PF apontam que uma mulher do Acre que oficialmente concorreu ao cargo de deputada estadual recebeu R$ 240 mil do Diretório Nacional da sigla, declarou ter contratado 46 pessoas para atividades de mobilização de rua, entre elas dois coordenadores de campanha.

Também foram alugados 16 automóveis para a campanha, que teve a confecção de santinhos e contratação de anúncios, com R$ 39.500 em material eleitoral doado. Apesar do aparente grande aparato de campanha, a policial militar Sonia de Fátima Silva Alves obteve apenas seis votos, tornando-se a candidata com o voto mais caro do país. Um levantamento da PT aponta que foram pagos R$ 46,6 mil de verba pública por apoiador.

Ainda de acordo com a Folha, a PF aponta que a maior parte da receita declarada pela candidata foi repassada por meio de uma transferência eletrônica assinada em 13 de setembro de 2018 por Romero Azevedo, tesoureiro nacional, e “A Magalhães NT” —Antonio Carlos Magalhães Neto, prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, partido ao qual são filiados os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

Diante desse quadro, o inquérito da PF aponta que Sonia foi usada como candidata laranja para desvio de verbas em benefício da campanha do deputado federal Alan Rick, também do Acre. Ele é presidente do Diretório Estadual do DEM e membro da Executiva Nacional.

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