Foi prorrogado pela Justiça em mais 90 dias, à pedido da Polícia Federal (PF), o segundo inquérito que investiga a facada no presidente Jair Bolsonaro (PSL); o atentado ao presidente completa um ano na sexta-feira (6).

Segundo informações do delegado Rodrigo Morais, o pedido é para que a instituição consiga apurar maiores informações sobre o advogado Zanone Júnior, que defende Adélio Bispo dos Santos, o agressor.

O delegado pontuou que a PF precisa saber “se alguém realmente o contratou [Zanone Júnior] e, neste caso, quem foi e por quais motivos”, relatou.

Morais ainda assegurou que essa é a “única linha de investigação pendente no inquérito. Caso o TRF1 não reveja a decisão, o inquérito policial será relatado”.

Crime x Inquéritos

O atentado ao presidente Jair Bolsonaro aconteceu no dia 6 de setembro de 2018. Na época, Bolsonaro ainda estava como candidato a presidente da República e participava de um ato de campanha, em Juiz de Fora.

Adélio Bispo foi preso no mesmo dia e, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, confessou ter sido o autor da facada. Adélio foi indiciado por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional.

O primeiro inquérito da PF concluiu que o agressor agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi indubitavelmente política”. Em maio deste ano, Adélio foi considerado inimputável (incapaz de discernir seus atos, indivíduo que comete infração penal, porém, no momento do crime, era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, seja de forma absoluta ou relativa) pela Justiça por ter uma doença mental.

O segundo inquérito em andamento, foi aberto para dar continuidade às apurações, com o objetivo de identificar se existiu “participação de terceiros ou grupos criminosos” no atentado ao político fora do local do crime.

Em novo interrogatório, Adélio Bispo reafirmou que agiu sozinho.

 

0 0 votos
Article Rating