Segundo a Procuradoria-geral, a ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Maria do Socorro Barreto Santiago mantinha um acervo de obras “digno do museu nacional”. Ela foi denunciada recentemente no bojo da Operação Faroeste pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Na residência da ex-presidente do TJ-BA, foram encontrados “inúmeros quadros de artistas baianos e de outras regiões do Brasil, porém não apreendido”. As buscas e apreensões revelaram “parte do acervo criminoso de Socorro, composto por 162 obras, idônea a abastecer qualquer galeria de arte ou museu nacional, ante sua magnitude e consagração dos artistas colacionados”.

Obras encontradas na residência da magistrada. / Foto: Reprodução

As investigações também apontam que Socorro teria usado sua empregada doméstica como “laranja” para depositar um valor estimado em R$ 9 mil, em benefício de Marcelo Henrique Ferreira.

Ainda foi localizado em um dos quartos do apartamento da magistrada, durante a diligência policial 127, uma caixa com diversas esculturas de barro e suas respectivas etiquetas, tendo como remetente Marcelo Henrique Ferreira e Maria do Socorro como destinatária.

Por fim, a denúncia destaca que no gabinete da magistrada, no Tribunal de Justiça da Bahia, foram apreendidos sete canhotos de talões de cheques do Banco Bradesco, com referência a pagamentos aos artistas plásticos Tati Moreno e Sérgio Amorim.

“Cabe ressaltar que no gabinete da referida desembargadora haviam diversas obras de arte, inclusive duas delas com assinatura de S. Amorim. Outras duas constavam assinatura de Bel Borba”, narra trecho do texto da denúncia.

Maria do Socorro Barreto Santiago foi presa após ser flagrada em grampos comandando a destruição de provas. A juíza segue custodiada no Núcleo de Custódia da Polícia Militar de Brasília.

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