O governo federal admitiu que esperava ter mais votos – especificamente dois a mais, na comissão do impeachment.
De acordo com o chefe de gabinete da Presidência da República, Jaques Wagner, o Planalto perdeu os votos de um deputado do PSB e também de Washington Reis (PMDB-RJ), que está internado com suspeita de H1N1 e foi substituído Laudívio Carvalho (SD-MG), que votou pelo prosseguimento do processo de impeachment.
Segundo o ex-ministro e ex-governador da Bahia, o governo está na expectativa de conseguir o apoio de 213 parlamentares na votação no plenário da Câmara.
Uma matéria do jornal Folha de S. Paulo, apontou uma estimativa mais realista, considerando possíveis “traições” de última hora. De acordo com a publicação, o governo pode conquistar ainda, entre 180 e 190 votos contra o impeachment. O número seria suficiente para barrar o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Para que o processo siga para o Senado, é necessário o apoio de dois terços dos 513 parlamentares, o equivalente a 342 votos. Ou seja, para que o impeachment não tenha prosseguimento no Congresso, o governo precisa de pelo menos 171 votos.