Ex-deputado chora o tempo todo na prisão.

Planilha elaborada pela Polícia Federal do Paraná aponta que o Deputado baiano Luiz Argôlo tem 61 registros de entrada nos escritórios de duas empresas controladas pelo doleiro Alberto Youssef, por Youssef, pivô do esquema de corrupção na Petrobras.
As informações são da força-tarefa da Operação Lava Jato que desmonta a versão do ex-parlamentar sobre suas ligações com o doleiro.
Segundo o levantamento da PF, Argôlo foi 45 vezes à sede da JPJPAP Assessoria e Participações, no Itaim Bibi, no Estado de São Paulo, de julho de 2011 a outubro de 2012. O ex-deputado fez ainda 16 visitas ao quartel-general da GDF Investimentos, na Avenida Paes de Barro, bairro da Mooca.
Mas durante depoimento à Justiça, Luiz Argôlo alegou apenas encontros esporádicos, voltados à cobrança de dívidas relativas à venda de um terreno em Lauro de Freitas, na região metropolitana da capital baiana.
No inquérito da Lava Jato contra o ex-deputado, a PF aponta artifícios possivelmente usados por Luiz Argôlo para tentar driblar uma eventual investigação. Em todas as fichas de controle de entrada e saída dos escritórios de Alberto Youssef, Argôlo usava a parte desconhecida de seu nome e alterava o número do documento de identidade. Os registros de Luiz Argôlo na portaria dos escritórios do doleiro eram feitos com o primeiro nome e o último sobrenome do político: João dos Santos ou João Santos. O RG informado tinha como diferença apenas o último dígito – em vez de 7, 2 ou 5. Os federais só descobriram que se tratava de Argôlo porque ele foi clicado pelas câmeras da recepção.

 

baseada em publicação do Política Livre