O policial militar que foi flagrado pisando no pescoço de uma mulher negra foi absolvido pela Justiça Militar. Ele respondia pelos crime de abuso de autoridade, inobservância de regulamento, falsidade ideológica e lesão corporal. A mulher é uma comerciante que foi defender o amigo era imobilizado pelos policiais. Um outro colega do soldado João Paulo Servato também foi absolvido. “Absurdo” é como classifica a defesa da vítima diante da decisão que favorece os acusados. O caso Um vídeo exibido pelo Fantástico, da TV Globo, em 12 de julho de 2020 mostra que um policial usou de violência para conter uma mulher negra de 59 anos, para isso ele pisa no pescoço da vítima.
O caso aconteceu durante uma confusão por causa da atividade comercial de um bar que fica na zona sul de São Paulo, durante a pandemia de coronavírus. A dona do bar foi agredida por um dos policiais após defender um amigo, que foi dominado pelo PM e estava imobilizado no chão. De acordo com a vítima, ela tomou três socos e foi derrubada com uma rasteira, e na queda teria fraturado a tíbia.
O vídeo não mostra esta parte da cena, mas na sequência, a mulher aparece deitada de bruços, no meio-fio, ao lado de um carro, com o PM pisando seu pescoço. Ele chega a apoiar todo o peso do corpo sobre a vítima.
Depois, o policial algema a mulher e a arrasta até a calçada. No relato, a comerciante diz que desmaiou quatro vezes e que se debatia, mas a violência não parava. “Quanto mais eu me debatia, mais ele apertava a botina no meu pescoço”, contou.
Ainda segundo a reportagem, os policiais alegaram que foram atacados com uma barra de ferro, e estavam se defendendo. Eles registraram um boletim de ocorrência por desacato, lesão corporal, desobediência e resistência.
A comerciante foi atendida num hospital com ferimentos no rosto, nas costas e com a perna quebrada. Depois, foi levada para uma delegacia, onde ficou detida até o dia seguinte.