Os policiais militares envolvidos na ação que acabou com a morte de uma dançarina da banda cearense de forró Sala de Reboco e com um sanfoneiro baleado, em Irecê, no norte da Bahia, foram afastados das atividades nas ruas. A informação foi passada ao G1, pela Polícia Militar, nesta sexta-feira (11).

De acordo com informações da PM, os agentes, que não tiveram a identidade revelada, estão cumprindo serviço administrativo. Segundo o G1, o 7° Batalhão da Polícia Militar, que fica em Irecê, instaurou um inquérito policial militar para apurar o caso.

A ação policial aconteceu na madrugada de 5 de julho. Segundo a PM, os policiais disseram que dispararam contra o carro da banda após darem ordem de parada e o motorista não obedecer. Os integrantes da banda relataram que foram seguidos por um carro que não se identificou como da polícia, e, após tentarem despistar o veículo pensando se tratar de uma tentativa de assalto, foram alvo de tiros.

Uma câmera de segurança registrou uma parte da perseguição policial. As imagens mostram o carro da banda Sala de Reboco em alta velocidade e, logo depois, duas viaturas atrás do veículo, também em alta velocidade.

Além da morte da dançarina, identificada como Gabriela Amorim, 25 anos, a ação causou ferimentos no sanfoneiro do grupo, Eliedelson Possidônio Júnior, de 32 anos, e na vocalista Joelma Rios. Outra dançarina e um motorista também estavam no veículo na ocasião, mas não foram atingidos.

O sanfoneiro ficou internado no Hospital Regional de Irecê, depois foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE). No dia 9 de julho deixou a capital baiana e foi para Fortaleza, onde segue internado.

O músico sofreu uma fratura exposta grave, com comprometimento vascular, na altura da canela. Foi levantada a hipótese de que o trauma ocasionaria a amputação da perna, mas, segundo a mãe do sanfoneiro, o risco foi descartado.

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