Artigo do radialista Roque Santos
Claro que pode! Eu conversava com Olho Vivo, e ele também me fez essa pergunta: se a população de Camaçari sentiria saudades de Elinaldo. Eu respondi com sinceridade: nenhuma gestão é perfeita. Sempre haverá aqueles que se sentiram contemplados e aqueles que não se sentiram. Mas, no meu ponto de vista, a população certamente sentirá saudades, sim.
E há algo do qual não tenho dúvidas: a classe política e a imprensa de Camaçari sentirão saudades de Elinaldo. Antes que alguns maldosos insinuem que estou me referindo a dinheiro, deixo claro que falo de algo muito mais importante: respeito.
Trabalho há mais de 27 anos cobrindo e acompanhando diversos municípios da Bahia e desconheço outro gestor que tenha tratado a imprensa como Elinaldo tratou. Ele respeitou a todos, sem distinção entre veículos grandes, médios ou pequenos. Da mesma forma, com a classe política, ele demonstrou um nível de diálogo e valorização que nenhum outro líder anterior – seja Caetano, Helder, Tude ou Ellery – conseguiu oferecer.
Nomes como Mar de Areias, Rafael de Parafuso, Maurício Qualidade, Gil Eventos, Núbia de Brito, Manoel Jacaré, Tarcísio Coiffeur, Herbinho, Jamesson, entre outros, jamais teriam o protagonismo que tiveram sob outra liderança. Inclusive eu, tenho plena consciência de que não teria o espaço e a oportunidade política que Elinaldo proporcionou. O grupo teve 144 candidatos, todos tratados com honra, respeito e dignidade. Tenho certeza de que esse nível de protagonismo dificilmente será alcançado com outro político no comando.
Claro, sempre existem os ingratos que reclamam de tudo. Mas a verdade é que o legado de respeito e abertura que Elinaldo construiu será uma marca inesquecível para nossa cidade. Esse é um valor que não se apaga e que certamente fará falta no futuro.
Vamos refletir sobre o que realmente importa: reconhecer o trabalho e valorizar os acertos, porque ninguém constrói sozinho. E isso Elinaldo deixou bem claro em sua trajetória.