Os ânimos sobre o famoso “Escândalo do Pix” envolvendo ex-funcionários da TV Record parecem ter acalmado, mas nos bastidores as investigações prosseguem. A Polícia Civil segue colhendo provas sobre o caso, após ordem do Ministério Público de não aceitar o documento de inquérito feito pelo órgão em abril.

Para o MP, a ata era insuficiente e necessitava de maiores detalhes e desdobramentos sobre o assunto, e foi o que os responsáveis pela apuração fizeram. Em entrevista ao portal BNews, o delegado Charles Leão, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), afirmou que o complemento das investigações já foram enviadas à Justiça.

“Já cumprimos essa requisição, devolvemos ao Poder Judiciário para dar vista ao Ministério Público, estamos aqui aguardando se o Ministério Público vai entender por necessário novas medidas ou novas requisições”, disse Leão à reportagem.

Segundo o delegado, o pedido do órgão judicial foi focado em trazer mais imagens dos programas que aconteceu os golpes, como forma de ilustrar que houve o uso de outras chaves Pix para desvio de dinheiro doado. Além disso, abordou também os perfis das vítimas, que pediam ajuda na emissora por problemas quaisquer e acabavam sendo usadas para o objetivo principal do grupo.

“Pessoas humildes, simples, pessoas do povo que precisavam de valor para mitigar, para diminuir um pouco da dor que sofria naquele momento”, pontuou Charles Leão.

Todos as pessoas que tiveram suas contas bancárias envolvidas no esquema estão sendo indiciados pelo crime de estelionato, além do repórter Marcelo Castro e o editor Jamerson Oliveira, supostos responsáveis por arquitetar o projeto de desvio que tomou repercussão nacional ao ser descoberto.

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