A Polícia Federal investiga nesta terça-feira (14), o gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Mario Negromonte, em Salvador. De acordo com informações de policiais federais, uma ação ocorre em frente ao prédio em que mora o conselheiro no Alto Itaigara.

O ex-deputado e ex-presidente do Partido Progressista (PP) foi denunciado pelo delator Alberto Yousseff, no processo que investiga corrupção na Petrobras, a Operação Lava Jato. Considerado o segundo maior caso de corrupção do mundo, o esquema de corrupção na Petrobras foi identificada através da operação Lava Jato.

Em uma das delações, Alberto Yousseff afirma que Mário Negromonte passou a “se autofavorecer mediante a apropriação em seu próprio favor, a maior, dos valores”, repassados através do esquema de corrupção. O delator afirma que em uma única operação foram repassados R$ 5,5 milhões para Negromonte. Ele também declara que o conselheiro do TCM/BA era um dos líderes políticos da corrupção, sendo responsável pela extensão política do esquema, junto ao PP.

Operação Lava-Jato

Mario Negromonte, está na mira das investigadores da Operação Lava Jato, que coletaram outros indícios que podem complicar ainda mais a vida do político. Um dos operadores de propina presos por ligação com o esquema forneceu pistas sobre movimentações financeiras que teriam sido ocultadas pelo ex-parlamentar do PP durante a campanha de 2010.

Delegados da polícia federal e procuradores da República têm interesse especial em detalhes relacionados à delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Em um dos seus depoimentos, datado de 2 de setembro de 2014, Costa diz que repassou R$ 5 milhões a Negromonte no primeiro semestre daquele ano, antes do início oficial das eleições. Negromonte sempre negou qualquer envolvimento no escândalo de corrupção.

Repasse de R$ 5 milhões é investigado pela polícia federal.
Repasse de R$ 5 milhões no Lava-Jato também é investigado pela polícia federal.