A polícia prendeu e apresentou nesta sexta-feira, 2, cinco jovens suspeitos de participar do latrocínio (roubo seguido de morte) contra o professor de caratê José Jorge Chaves, de 52 anos, em Salvador. Eles foram capturados durante a Operação Apolo da Polícia Militar (PM-BA). O professor, que era faixa preta e proprietário de uma escola de artes maciais em Piatã, foi morto na última terça, 30, com dois tiros. O corpo foi localizado na Rua Adelmário Pinheiro, no bairro de Amaralina.
Foram presos Jonathans Walace Fernandes Pereira, conhecido como Dungala, 20, Pedro Carlos dos Santos, 21, Jeferson Assis do Vale, 22, Felipe da Conceição, 22, e Lucas Anderson da Silva, 18. Segundo a polícia, eles foram flagrados, na quarta, 31, próximo ao "Campo da Liga", no bairro da Boca do Rio, em um Celta vermelho (placa NZC 8785), que era do professor. O veículo foi roubado entre os bairros de Itapuã, onde a vítima havia deixado uma amiga, poucas horas antes do crime, e Piatã, local onde o professor residia.
Ao perceber a aproximação dos soldados, no dia da prisão, o bando, liderado por Jonathans, fechou o carro, jogou a chave do veículo no campo de futebol e se refugiou numa casa abandonada, onde foi capturado. Dentro do carro, os policias encontraram diversos cartões de visita, os quais permitiram localizar a família da vítima, que lhes informou sobre o crime.
Em depoimento, eles negaram participação no crime e disseram que foram ao local apenas para fazer uso de maconha. No entanto, segundo a polícia, eles são os principais suspeitos pelo latrocínio, uma vez que todos estavam no veículo que havia sido roubado da vítima.
Conforme a polícia, Dungala já tem passagem por associação ao tráfico de drogas e assalto. Já Jeferson, foi preso em 2012, por tráfico de drogas. Presos em flagrante e autuados por receptação e formação de quadrilha, o bando será conduzido para o sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. Um adolescente de 17 anos, que estava na companhia do bando, foi encaminhado à Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), para aplicação de medidas socioeducativas.
Ainda de acordo com a PM, marcas de sangue foram encontradas no veículo e já foram encaminhadas à perícia. O professor José Jorge Chaves era divorciado e deixou um filho de 21 anos.
A Tarde*