Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) infectaram 2.292 pessoas na Bahia, nas cinco primeiras semanas de 2020. Esse número corresponde a uma média de 65 pessoas infectadas por dia. Do total de pessoas contaminadas pelo mosquito, 1.815 tiveram dengue, 441 chikungunya e 36 tiveram zika.

Ano passado, segundo registros da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), mais de 65,5 mil casos de dengue foram notificados no estado, o que representa um crescimento de 603% em comparação a 2018.

Existe ainda um fator agravante da propagação da dengue. Especialistas alertam que os tipos 1 e 2 da doença, que não circulavam pela Bahia há cerca de 10 anos, voltaram a ser registrados no estado. Um infectologista ouvido pelo G1 destacou que a grande preocupação está no fato de que se uma pessoa que já teve dengue tipo três adquirir a dengue tipo 2, por exemplo, ela corre um risco sério de ter uma complicação maior, a exemplo da síndrome de guillain-barré, dengue hemorrágica e, com isso, ir a óbito.

Em Salvador, o número de casos de dengue cresceu em 174%, apenas nos dois primeiros meses do ano. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), entre janeiro e fevereiro de 2020, 1.012 casos de dengue já foram notificados. Em 2018, 369 pessoas procuraram os postos de saúde.

Ainda segundo a SMS, as regiões que mais tiveram incidência de dengue foram: Cabula (169), Subúrbio Ferroviário (159), São Caetano e Valéria (118) e Liberdade (95).

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