A Associação das Baianas de Acarajé (Abam) de Salvador decidiu protestar contra a determinação da Justiça Federal que proíbe a comercialização de alimentos e bebidas nas areias das praias da cidade.
Em reunião nesta segunda-feira,14, as baianas decidiram realizar um dia sem acarajé na cidade e sair às ruas em protesto. Outra reunião foi marcada para a próxima terça-feira, 22, para decidir a data da manifestação.
A intenção é todas as baianas da cidade, incluindo as que não vendem nas praias e as baianas de Ilha de Vera Cruz e Ilha de Itaparica também suspendam a comercialização do quitute. A Abam também quer contar com o apoio das 'famílias baianas'.
A presidente da Associação, Rita Santos, espera que esse movimento consiga sensibilizar o juiz que proibiu a comercialização. "Espero que ele entenda que são muitas mulheres que dependem dessa venda de quitutes na praia."
Rita Santos também informou que até a próxima terça terá uma orientação dos advogados, sobre a necessidade da Abam entrar com um mandato de segurança para impedir a retirada das baianas da praia
Entenda o caso
O juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, Carlos D'Ávila, deixou claro, em reunião no dia 25 de setembro, à Associação de Baianas de Acarajé (Abam) que nem o tacho nem o tabuleiro poderão ficar na faixa de areia. E a prefeitura será obrigada a cumprir a decisão judicial que proíbe a produção e venda de alimentos na faixa litorânea, fiscalizando e punindo quem tentar descumprir a lei.
O próprio juiz federal fez uma proposta alternativa, que foi acatada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). É a de permitir que as baianas montem seus tabuleiros no calçadão, que será reformado, e faça a venda e divulgação com garçons na areia.
A Comissão de Notáveis (formada pela Justiça e que reúne arquitetos, urbanistas e ambientalistas de universidades e entidades de classe), alegam que o azeite de dendê em contato com a areia forma uma massa insolúvel e polui as praias .
A Tarde