A movimentação dos partidos da base aliada do governo do estado, ainda que não seja tão escancarada como os passos do deputado Marcelo Nilo (PDT) ou implícita como no caso do vice-governador Otto Alencar (PSD), segue forte nos bastidores. Tanto que o PP, quase que alijado da mídia por algum tempo, mantém o desejo de integrar a chapa majoritária de 2014 sem esconder o otimismo.

“O objetivo do PP é ter uma vaga na majoritária. Essa é a nossa intenção e não abrimos mão disso”, frisou o deputado federal João Leão, um dos caciques dos progressistas, ao lado do também parlamentar Mário Negromonte, presidente estadual da legenda.

Para Leão, o resultado das urnas em outubro do ano passado, quando o PP foi o segundo partido com maior número de votos – atrás apenas do PT –, cacifa a sigla para alçar voos mais altos nas eleições do ano que vem. “Fizemos 52 prefeituras em outubro, mais uma recentemente e ainda temos a perspectiva de conquistar a prefeitura de Muquém do São Francisco, no dia 07 de abril”, avaliou o progressista.

Nesse tom, Leão não hesita em colocar a própria legenda como uma força política baiana. “Não acredito que o PP fique de fora da chapa majoritária, pela força que o partido tem. Os companheiros dos outros partidos têm que entender que eles não são tão grandes quanto o PP”, afirmou.

“É uma decisão que deve acontecer até agosto ou setembro, cerca de um ano antes da eleição, quando os partidos já terão seus nomes definidos para tentar pleitear as vagas”, sugeriu Leão.

Sobre nomes, o progressista indica o próprio nome ou até mesmo o de Mário Negromonte, para ocuparem a vaga da vice-governadoria ou do Senado. “Temos bons nomes no quadro”, assegurou, eliminando, entretanto, o ex-companheiro de primeira hora, o ainda presidente do diretório municipal do PP em Salvador, o ex-prefeito João Henrique. “O prefeito está afastado do partido. Ele sumiu”, resumiu.

O presidente estadual do partido corrobora com a opinião do correligionário e amplia o debate. “Há muito tempo tenho dito isso. Já falei na presença do governador Jaques Wagner e ele tem consciência disso. Confiamos nele, pois o governador sabe fazer a avaliação do ‘vale quanto pesa’”, garantiu Negromonte.

E, para abarcar o grande número de aliados que lutam por espaço na chapa majoritária de 2014, o dirigente cita que a presidência do Legislativo deve entrar no acordo. “Outro partido pode aceitar a presidência da Assembleia”, desconversou Negromonte, deixando claro que o partido espera ser contemplado com o vice-governador ou a vaga de senador. Fonte: Tribuna