O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), o deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), defendeu o pedido de desocupação da Casa, onde policiais militares em greve estão acampados desde a última terça-feira (31). “Disse ao Exército que não concordava que o parlamento baiano servisse de esconderijo para foragidos da polícia e queria que o imóvel fosse desocupado para que a Assembleia retomasse sua normalidade”, explicou em entrevista nesta segunda-feira (06).

Segundo o parlamentar, a atitude foi tomada somente depois de muitas tentativas de negociação, período em que não houve corte de energia nem água no prédio. “Fazer greve é uma coisa, mas fazer greve armado, com funcionários sem poder trabalhar, fazendo baderna, é outra coisa. Não tive outra saída a não ser procurar o Exército […] Nós não queremos derramamento de sangue”, defendeu-se, ao chamar os líderes das manifestações de “intransigentes” e “radicais”. Nilo teceu duras críticas à condução da greve e às lideranças do movimento, especialmente o presidente da Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra), Marcos Prisco, a quem atribuiu a intenção de “colocar o estado democrático de direito em dúvida”. “Existe um grupo minoritário radical que quer o confronto, quer o terror. As pessoas que deveriam dar segurança à população estão tomando ônibus de assalto, atirando nas ruas. Isso é inaceitável. Eles passaram do limite”, indignou-se.