O empresário Paulo Roberto de Jesus Brito, de 43 anos, dono da Belo Móveis, em Camaçari, diz que viveu “momentos de terror na frente da família” ao ser ameaçado pelo presidente da Câmara de Dias D’Ávila, João Maria Vicente(PSD). Brito alega que o parlamentar teria apontado uma arma em sua direção e feito diversas ameaças. Tudo isso porque o empresário teria adentrado, sem saber, em uma propriedade do vereador.
“Sou um pai de família, não tenho inimigos. Meus pais e meus filhos presenciaram um homem apontar uma arma e me ameaçar sem motivos. Doeu quando meu filho de 4 anos perguntou: Meu pai, ele ia te matar?”, disse Brito visivelmente emocionado.
O empresário contou ao portal Bahia No Ar que tudo aconteceu no dia 04 de julho, na estrada da Cascalheira, em Camaçari. Brito, que é diretor de um Moto Grupo, procurava novas trilhas para uma prova que vai acontecer no mês de outubro.
“Localizei uma trilha que dava no fundo de uma fazenda. Pedi uma pessoa para fazer a limpeza do local. Essa pessoa chegou a passar pela cerca quando foi surpreendida por homens que cuidavam da fazenda”, explicou o empresário. Brito contou ainda que conversou com os homens por telefone pedindo desculpas pelo ocorrido e, como estava próximo, disse que passaria para explicar a situação pessoalmente. Ele se deslocou para o local acompanhado dos pais e dos filhos e houve uma conversa pacífica. “Eles disseram que não tinham ordem para deixar ninguém entrar na propriedade. Pedi desculpas e expliquei que estávamos abrindo trilha”, contou.
O momento de terror do empresário teria começado em meio à conversa com os homens. Segundo Brito, o presidente da Câmara de Dias D’Ávila, dono da propriedade, chegou ao local numa caminhonete em alta velocidade, completamente descontrolado e com uma pistola prata em punho teria feito ameaças e dito que a ordem é pra matar quem invadisse as terras dele. “Ele chegou transtornado, foi horrível! Ele gritava palavras de baixo calão e apontava aquela arma para mim. Meu pai tem 74 anos, estava do meu lado. Meus filhos e minha mãe, que estavam no carro, entraram em desespero e começaram a gritar. Vivi um dos piores momentos da minha vida, supliquei para que ele não atirasse em mim”, relatou.
O caso foi registrado na 18ª Delegacia Territorial de Camaçari. O empresário pede que justiça seja feita: “Não houve motivos para ele tomar essa atitude. Tenho propriedade e já me deparei com pessoas querendo adentrar, eu chamei e conversei. Naquele momento se eu tivesse uma reação iria acontecer uma tragédia. Espero que ele reflita e no que fez e que a justiça seja feita”.