O presidente da Rússia, Vladimir Putin, subiu o tom, na quarta-feira (16), ao ameaçar aqueles que são contra a guerra liderada pelo país na Ucrânia. “Qualquer povo, e ainda mais o povo russo, sempre será capaz de distinguir verdadeiros patriotas da escória e dos traidores, e simplesmente cuspi-los como uma mosca que acidentalmente entrou em suas bocas”, afirmou.

Putin ainda disse estar convencido de que “uma autopurificação tão natural e necessária da sociedade só fortalecerá nosso país, nossa solidariedade, coesão e prontidão para responder aos desafios”. O porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, em sintonia com Putin, afirmou que os cidadãos do país que se opõem à guerra na Ucrânia são verdadeiros “traidores”.

Em declaração, nesta quinta-feira (17), Peskov demonstrou incômodo com aqueles que estão se demitindo de seus empregos e deixando o país em protesto à política do presidente Vladimir Putin. As falas de Peskov se unem às de Putin, que acusou o Ocidente de provocar a guerra e tentar cancelar a Rússia. O presidente também afirmou que os países querem usar “traidores russos” como uma força estratégica para destruir o país. O governo russo tem reprimido qualquer forma de protesto em seu território.

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