Durante o café da manhã com jornalistas de veículos estrangeiros, nesta sexta-feira (18), após ser questionado por uma jornalista sobre o aumento da pobreza e da fome no país, o Presidente Jair Bolsonaro fez a seguinte observação: “Falar que se passa fome no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem. Aí eu concordo. Agora passar fome, não. Você não vê gente pobre pelas ruas com físico esquelético como a gente vê em alguns outros países por aí pelo mundo”, declarou. Toda conversa foi transmitida por uma rede social do presidente.

Segundo números da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), no Brasil, ao menos 2,5% da população ainda encontra-se em grave situação alimentar. O problema teria sido apontado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Os dados, divulgados no final do ano passado, apontam que, em 2017, ano utilizado como base para o relatório, mais de 2,5 milhões de brasileiros passaram um dia inteiro ou mais dias sem consumir alimentos ao longo do ano.

Para o presidente, “é um discurso populista [falar de fome no Brasil], tentando ganhar simpatia popular, nada mais além disso. O que nós temos que fazer, nós, Poder Executivo e Legislativo, em grande parte um depende do outro, é facilitar a vida do empreendedor, de quem quer produzir”, enfatizou.

“Reformulação de posicionamento”

Após o café da manhã e a participação em evento no Ministério da Cidadania pelo Dia do Futebol, Bolsonaro afirmou que “alguns passam fome”.

“O brasileiro come mal. Alguns passam fome. Agora, é inaceitável em um tão rico país como o nosso, com terras agricultáveis, água em abundância. Até o semiárido nordestino tem pluviométrico maior que Israel”, declarou.

Alguns jornalistas, então, perguntaram se o presidente estava recuando da declaração anterior, mas Bolsonaro se irritou e ameaçou encerrar a entrevista. “Pelo amor de Deus, se for para entrar em detalhes, em filigrana, eu vou embora”, disse.

As informações são do portal G1.

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